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Todas querem ser lindas

Mais de 90% das mulheres acima dos 40 anos estão dispostas a pagar mais de R$ 70 por produto dermocosmético, e a farmácia se apresenta como principal canal de venda.
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Revista da Farmácia (ed. 192):

 

 

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Marcelo Fernandes, publicitário, consultor e atual diretor Comercial da Dermage® Skincare

 

O segmento de dermocosmético terminou o ano de 2015 com R$ 2,3 bilhões em faturamento e mais de 56 milhões de unidades vendidas. Esse mercado tem crescido acima de dois dígitos e praticamente dobra de tamanho a cada cinco anos de acordo com dados da Close-Up® International. O publicitário, consultor e atual diretor Comercial da Dermage® Skincare, Marcelo Fernandes, que possui mais de 25 anos de experiência no mercado farmacêutico e passagens por empresas como Aché, Hypermarcas, L´Oréal e Nutrilatina, conversou conosco sobre o atual momento desse mercado e como tirar o melhor proveito dele. O profissional participará da ExpoPharma, em setembro. Leia a seguir.

 

Revista da Farmácia: O que são dermocosméticos e como diferenciá-los de um cosmético comum?

Marcelo Fernandes: Os dermocosméticos, também conhecidos como cosmecêuticos, estão no intermediário entre medicamento e cosmético, pois contêm ativos farmacológicos – substâncias com propriedades medicinais – que agem nas partes mais profundas da pele, produzindo melhorias de dentro para fora. Portanto, são usados em tratamentos dermatológicos contra manchas, acne, celulite, rugas, desidratação, entre outros. Uma segunda característica desses produtos é a ausência de corantes e fragrâncias, além de serem hipoalergênicos e não obstruírem os poros. Desenvolvidos por meio de pesquisas científicas e amplamente testados em laboratórios, os dermocosméticos são registrados como “grau 2” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que significa que são classificados como cosméticos, porém com efeito e segurança comprovados cientificamente. A venda dessa categoria é quase uma exclusividade de farmácias e drogarias, podendo ser expostos fora do balcão e apresentando-se como uma grande oportunidade para vendas complementares. A principal demanda é proveniente do receituário médico, em especial de dermatologistas, que, no Brasil, são mais de 10 mil.

 

RF: E qual a diferença entre um dermocosmético e um nutracêutico?

Fernandes: Os nutracêuticos, também conhecidos como nutricosméticos, são outra categoria bastante prescrita pela classe médica e muito utilizada pelas consumidoras. As famosas “cápsulas da beleza”, geralmente, são utilizadas em tratamentos complementares ao tratamento cosmecêutico. O profissional médico, especialmente os dermatologistas, são os que mais indicam esse tipo de produto.

 

RF: Em um breve histórico, quando os dermocosméticos começaram a ganhar força no Brasil e o que motivou esse crescimento?

Fernandes: Os dermocosméticos, muito populares na Europa, chegaram ao Brasil no fim do século XX, mais especificamente em 1999, com a marca francesa Pierre Fabre.  Em 2000, a La Roche-Posay entrou no País, seguida de empresas como Vichy, Roc, Galderma e Stiefel. Todas começaram a perceber a força da categoria nos pontos de venda, uma vez que os dermatologistas, cada vez mais, prescreviam esse tipo de produto. A Dermage, por exemplo, explora esse conceito há mais de 20 anos. A partir de 2002, as grandes redes começaram a criar espaços dermocosméticos nas lojas. Esse movimento também foi o início do que podemos chamar de transformação no varejo farmacêutico, em que as farmácias e drogarias mudaram a visão de local relacionado à doença para um ambiente de saúde e bem-estar. As lojas começaram a criar espaços exclusivos para as marcas dermocosméticas e modernizaram o layout interno com ambientes mais claros, fazendo melhorias constantes no atendimento ao consumidor por meio da capacitação e do treinamento da equipe de vendas. A partir da demanda do cliente por mais informações, o mercado criou a função de dermoconsultora ou dermoconsultor, profissional dedicado a gerar venda por meio da experimentação e do esclarecimento das dúvidas dos consumidores, sempre respeitando as orientações dos médicos. Estimo que, atualmente, existam mais de seis mil pessoas que trabalham nessa função apenas no varejo farmacêutico, apesar de ainda não ser regulamentada. Um dos projetos em que estou envolvido trata da criação do Dia da Dermoconsultora, uma consequência das mudanças que ocorreram nos últimos anos.

 

RF: Qual o tamanho desse mercado atualmente em relação a faturamento e unidades vendidas, principalmente no varejo farmacêutico?

Fernandes: De acordo com informações obtidas do RM Mat Dez15, Close-Up®, mercado montado, existem 35 laboratórios com 1.462 produtos e apresentações nessa categoria. O mercado de dermocosmético fechou 2015 com R$ 2,3 bilhões em faturamento e mais de 56 milhões de unidades vendidas. Desde o início, esse faturamento cresce acima de dois dígitos e praticamente dobra de tamanho a cada cinco anos. É um mercado bastante inovador, seja em função de novos produtos, seja simplesmente pelas novas apresentações e texturas. Nos últimos três anos, foram mais de 450 produtos lançados, que já representam 20% das venda de dermocosméticos. O mercado de nutricosméticos tem 17 empresas e 113 produtos disponíveis aos consumidores. Em 2015, foram quase R$ 500 milhões em faturamento e 6,6 milhões de unidades vendidas apenas em farmácias e drogarias.

 

RF: Qual o perfil do consumidor?

Fernandes: O cliente toma conhecimento do produto na consulta com o dermatologista. A partir daí, inicia-se um ciclo que acaba transformando o paciente em cliente no momento que ele entra na farmácia e conhece a categoria. Em geral, 90% são mulheres, com idade média de 44 anos, pertencentes às classes A e B e com crescimento contínuo para a C. Estão dispostas a pagar acima de R$ 70 por um produto e visitam regularmente o dermatologista. O consumidor de dermocosmético possui outras características ímpares às quais a farmácia deve sempre estar atenta, entre elas: investem ao máximo nos cuidados com a pele, exigem qualidade do produto e atendimento, querem produtos com resultados comprovados, buscam o máximo de informação antes de decidirem a compra e querem experimentar novas soluções. Portanto, o varejo farmacêutico deve se adequar para atender a esse cliente de ótimo poder aquisitivo e que costuma ser fiel ao ponto de venda pelo serviço prestado.

 

RF: Quais são as categorias mais vendidas?

Fernandes: Costumo destacar 15 categorias de importância para dermocosmético. No caso de vendas unitárias, as principais são limpeza, solar, hidratação, antienvelhecimento e capilar, que, juntas, representam mais de 70% das vendas. Já em termos de faturamento, a categoria antienvelhecimento aparece como a segunda, atrás apenas da categoria proteção solar. Em relação aos nutricosméticos, a categoria fortalecimento de cabelos e unhas é responsável por quase 70% das vendas.

 

RF: Que dicas sobre promoções, layout, exposição você dá ao varejista que quer investir nesse nicho de mercado?

Fernandes: Em primeiro lugar, é importante destacar que as categorias de dermocosmético e nutricosmético levam para a farmácia um novo consumidor, oriundo tanto do médico quanto de outros canais, como o porta a porta e as perfumarias, por exemplo. Esse consumidor passou a enxergar a farmácia como um local para comprar produtos de beleza. Os pilares para um bom desempenho, no ponto de venda, são qualificação da equipe interna, exposição e promoção de venda casada com produtos de categorias afins. Uma dica muito interessante para os tempos atuais é a conectividade da farmácia com o público ao redor, um consumidor em potencial, que está próximo a consultórios médicos e clínicas dermatológicas. Comunicar bem e formar um banco de seguidores nas redes sociais são estratégias atuais e modernas não apenas para a categoria de dermocosméticos, mas que beneficiam a farmácia como um todo.

 

RF: Quais são as principais tendências futuras?

Fernandes: Passados mais de 15 anos da chegada dos dermocosméticos às farmácias e drogarias, o momento de expansão atinge agora os pontos de venda independentes, que, por sua vez, estão ainda mais antenados no assunto. Cosméticos masculinos, linhas de maquiagem e aumento da demanda médica por meio de outras especialidades diferentes da dermatologia são tendência futuras. A divulgação em massa pela televisão é outra tendência, que, além de aumentar as vendas, gera fluxo extra para o ponto de venda, conquistando novos consumidores.

 

RF: Quais as novidades da Dermage para 2016?

Fernandes: A Dermage® vai lançar, em maio, uma categoria nova de dermocosméticos, com faixa de preço mais acessível: R$ 9,90. Trata-se de uma linha de máscaras faciais, inicialmente com três referências – Detox, PeelOff e AntiAging – para uso individual. Esse tipo de produto abrange um público maior, que cria uma nova modalidade, fortalecendo o costume da experimentação.

 

RF: Como a Dermage se consagrou no mercado e qual o segredo do sucesso?

Fernandes: Com mais de 25 anos no Brasil, a Dermage tem se destacado na produção de seus produtos, alguns inovadores, como o Revox e o Improve C 20, com 20% de vitamina C. A Dermage também é uma das poucas, senão a única, empresa brasileira que obteve publicações internacionais de pôsteres de produtos dermocosméticos em congressos nos Estados Unidos e na Europa. Temos atribuído o sucesso da empresa a alguns fatores como visita constante a dermatologistas, produtos adaptados à pele brasileira, linha de maquiagem inteligente e portfólio completo, que fazem da Dermage uma empresa inovadora. Além disso, a Dermage possui uma cadeia de distribuição que inclui lojas próprias, franquias e distribuição nas principais redes de drogarias do Brasil.

Comunicação Ascoferj

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