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A distribuição chega a todos os lugares

Qualidade total, erro mínimo e pontualidade das entregas são as três principais exigências do varejista.

Revista da Farmácia – ed. 200:

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Juliano Vinhal, novo presidente da Abradilan

A diretoria da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) tem um novo presidente, que assume o cargo pela segunda vez: Juliano Vinhal, que começou sua trajetória em 1984, trabalhando com o pai em uma farmácia de Minas Gerais. No setor de distribuição, iniciou a caminhada em 1994, quando fundou a Meditem Distribuidora de Medicamentos, em Patos de Minas, permanecendo até hoje. A primeira ocasião em que esteve à frente da Abradilan foi em 2011/2013. Agora, Vinhal volta à presidência com energia renovada. Nesta entrevista à Revista da Farmácia, Vinhal fala da nova gestão e do momento atual da distribuição no País.

 

Revista da Farmácia: Quais são as principais metas de sua segunda gestão na Abradilan?

Juliano Vinhal: É sempre um grande desafio dirigir uma associação, mesmo aquela que já conheço muito bem. Hoje estamos com 147 associados em 27 estados, visitando 95% dos municípios e atendendo a 78% das farmácias em todo o País. Além disso, a cada ano, incrementamos a Abradilan Conexão Farma, hoje a maior feira do setor farmacêutico. Em 2018, o evento será realizado na São Paulo Expo, num ambiente com grandes diferenciais para facilitar a sinergia e a conexão entre todos os envolvidos. Este ano, ainda teremos o 2º Fórum Abradilan de Desenvolvimento Empresarial, nos dias 14 e 15 de setembro, em São Paulo, a nossa Viagem Técnica Internacional a Lisboa, Portugal, e terminaremos 2017 com a nossa tradicional convenção, na Riviera Maia, no México.

 

RF: O tempo passou e o mercado mudou. O que o senhor pretende fazer de diferente da primeira para a segunda gestão?

Vinhal: Mudanças sempre são necessárias para que haja movimento. No momento, estamos discutindo o que deu e não deu certo para promovermos melhorias. Estamos analisando resultados para trazer ainda mais eficiência. Queremos saber sempre quais as principais ansiedades de nossos associados e poder alinhar seus desejos com o propósito da Abradilan. A participação de todos é imprescindível para que a sinergia nos leve para um patamar ainda maior. Mas uma coisa é certa: mesmo com a mudança na gestão, continuamos com a mesma linha, que é promover a união entre os associados e sócios colaboradores e a capacitação deles, hoje fundamental numa era em que a informação faz a diferença. Por isso, além do fórum, as palestras, os workshops na Abradilan Conexão Farma e as viagens técnicas, estamos também acompanhando e participando cada vez mais das discussões com órgãos governamentais, antecipando notícias a todos os envolvidos e promovendo aprendizado para que os associados possam ter uma gestão ainda mais afinada para lidar com a competição que o mercado exige atualmente.

 

RF: Hoje, quais são os maiores desafios de uma associação do porte da Abradilan?

Vinhal: Ainda somos um setor privilegiado, pois mesmo com a retração econômica, nosso segmento continua com bons números de crescimento. Sabemos que não teremos índices como tínhamos antigamente, portanto, temos de ter eficiência operacional de forma inteligente. Temos empresas de pesquisas nos auxiliando, tecnologia de informação na produção etc. Por isso, continuo afirmando que o maior desafio é a capacitação e a inovação, já que o mundo fala hoje em indústria 4.0, Internet das Coisas (IoT), inteligência cognitiva etc. Muitas transformações acontecendo ao mesmo tempo e temos de estar preparados. Quantos negócios já deixaram de existir por causa da evolução da tecnologia? Quantas pessoas poderão ficar desempregadas porque não têm capacitação adequada à nova era? Por isso, os processos de nossas empresas precisam estar estritamente implantados e alinhados para que possamos usar nossos líderes para pensar num futuro estratégico.

 

RF: E quais são os maiores desafios do mercado de distribuição?

Vinhal: O desafio mais recente é acompanhar a legislação, com as novas resoluções do governo. Hoje temos a questão da rastreabilidade em andamento, por exemplo. Por isso, já trouxemos especialistas em nossos encontros e, nos últimos anos, fizemos visitas a países bem avançados tecnologicamente nessa área. Tudo para promover cada vez mais aprendizado e para que possamos nos antecipar às mudanças. Mas reafirmo que o maior desafio será realizar uma gestão afinada que traga ainda mais resultados, pois temos muitas tecnologias e informações disponíveis, tantas que ficamos indecisos no que e como aplicar. Por isso, a associação é uma ponte para fazer networking, promovendo conexões.

 

RF: Quanto o mercado cresceu nos últimos anos?

Vinhal: O mercado farmacêutico brasileiro teve um bom resultado em 2016, com crescimento de 13,1% em relação a 2015, como apurou a Quintiles IMS. O faturamento, por outro lado, saltou de R$ 75,49 bilhões para R$ 85,35 bilhões. Esse crescimento, em vendas e unidades, tem sido constante nos últimos anos, fruto da maior oferta de medicamentos no mercado, o acesso mais fácil a eles por parte da população e a preocupação do brasileiro com a saúde.

 

RF: O setor de distribuição vem sentindo a crise econômica?

Vinhal: No canal de distribuição, a Abradilan tem uma participação fundamental. Os 147 associados da entidade estão presentes em 95% dos municípios em todos os 27 estados. No varejo farma, atendemos 78% das farmácias do País. Em 2016, fomos responsáveis pela comercialização de 936 milhões de unidades de medicamentos e registramos um faturamento de R$ 15.766 bilhões, aumento de 11,5% sobre 2015. Nossos associados estão preparados e capacitados não só para atender, mas para ampliar o atendimento à demanda do mercado. O desafio para o distribuidor é sempre acompanhar as tendências e inovações e apoiar o varejo na elaboração de um mix dirigido de produtos. E queremos, nesse aspecto, que os empresários da Abradilan se tornem cada vez mais competitivos para oferecer melhores serviços aos seus clientes.

 

RF: Como está hoje em dia a questão do roubo de cargas? O setor avançou e já dispõe de tecnologias para reduzir os índices de perda?

Vinhal: O medicamento é muito visado por quadrilhas especializadas por ter alto valor agregado. E, obviamente, toda ação traz uma série de prejuízos em toda a cadeia de distribuição, desde o fabricante até o varejista. Contra isso, o sistema de rastreabilidade tem como objetivo principal reduzir a falsificação e o roubo de medicamentos, garantindo que o usuário tenha um produto autêntico e seguro. Cada parte envolvida na cadeia de distribuição deverá ter tecnologia para leitura desses códigos e assegurar a rastreabilidade desde o recebimento até a venda de cada uma das unidades. Além de ampliarmos a segurança do produto, para o setor, a rastreabilidade dará maior eficiência na gestão e no controle dos processos operacionais e da cadeia de abastecimento, minimizando custos operacionais e rupturas de abastecimento, assim como potencializando a disponibilidade de produtos para venda.

 

RF: Na relação distribuidor versus varejista, que aspectos ainda precisam melhorar?

Vinhal: O distribuidor tem um papel fundamental na cadeia de suprimentos do varejo farmacêutico, em especial o regional, que, muitas vezes, chega a lugares onde outros fornecedores dificilmente visitam em razão da diversidade econômica e cultural ímpar. Nosso setor de distribuição passou e passa por transformações que culminam na profissionalização das empresas e no aumento da competitividade, pois, para servir bem, temos que estar preparados e capacitados. É o que nós da diretoria da Abradilan estamos fazendo com nossos associados. Todos os avanços que trouxeram agilidade e qualidade na oferta de medicamentos e produtos de higiene e beleza comercializados nas farmácias brasileiras se deram, em grande parte, à atuação dos distribuidores.

 

RF: Quais são os critérios mais importantes para o varejo? Tempo de entrega? Integridade do produto? Ou seja: o que contribui para definir a escolha do varejista em relação ao distribuidor que vai atendê-lo?

Vinhal: Para o varejo, todos os aspectos são importantes. Ele necessita receber o produto seguro, com suas propriedades garantidas e no prazo estabelecido para a entrega. Por isso, reforço que, em um país com uma grande extensão territorial como o Brasil, o distribuidor tem um papel de extrema importância. E este, por sua vez, precisa ter capacitação técnica e operacional, com tecnologia, mão de obra qualificada e infraestrutura adequada para atender à demanda, seguindo rigorosamente a legislação vigente e mantendo, acima de tudo, as boas práticas de transporte. Afinal, cada vez mais o setor farmacêutico exige de seus fornecedores de transporte a qualidade total, o erro mínimo e a pontualidade das entregas.

 

RF: Como o senhor avalia o atual cenário econômico e político do País? O setor precisa se preocupar com a queda no consumo?

Vinhal: De todos os setores do varejo, o farmacêutico foi o que menos sentiu todas as turbulências econômicas geradas nos últimos anos e especialmente nos últimos meses. O momento político e econômico do País inspira cuidados, sem dúvida, mas creio no fortalecimento do Brasil em breve. Um bom sinal é que o índice oficial de inflação, o IPCA, continua vindo abaixo do esperado por analistas. Como prova dessa queda consistente, o Conselho Monetário Nacional reduziu a meta de inflação para 2019 dos atuais 4,50% para 4,25% e, em 2020, para 4%. De qualquer forma, o Brasil vai sair dessa.

Comunicação Ascoferj

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