Investimentos em saúde pública, tratamentos avançados, parcerias científicas, geração de empregos, desenvolvimento de novas tecnologias e atualização profissional são algumas das oportunidades perdidas pelo Brasil por causa de sua lentidão nas aprovações na pesquisa clínica. Dados levantados pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) mostram que a burocracia impediu o Brasil de participar de 112 estudos clínicos multicêntricos iniciados em 2013, muitos dos quais sobre doenças letais como câncer e diabetes. Os maiores prejudicados foram os cerca de 3.700 pacientes que perderam a oportunidade de experimentar novos tratamentos dentro desses protocolos de pesquisa. Em 2013, os órgãos reguladores admitiram que sua capacidade interna permitia autorizar apenas cerca de 200 estudos por ano. Por outro lado, Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália, Canadá e países da União Europeia, líderes mundiais em pesquisa, aprovam em média mais de 150 mil estudos por ano. A estrutura regulatória do Brasil contradiz seu potencial. Enquanto figura como 7ª economia mundial e 6º mercado farmacêutico, com previsão de ser o 4º em 2016, o país ocupa o 64º posto no Índice de Inovação Global, atrás de países como Luxemburgo (12º), Estônia (25º), Costa Rica (39º), Chile (46º) e Uruguai (52º). No ranking mundial de pesquisa clínica, está na 15ª posição, distante dos cinco primeiros produtores: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Reino Unido. Fonte: Valor Econômico